27 de jun. de 2010

Nêmesis, a estrela da morte

Olá, aqui é a Cindy, resumindo uma matéria da Folha Online, que você pode ler por completo aqui.

Bom, até hoje não se sabe realmente quantos planetas temos no Sistema Solar, mas sabemos que temos apenas um sol, certo? Errado!
Desde 1984, um astrônomo chamado Richard Muller levantou a hipótese de que o Sol é uma estrela binária e que sua companheira seria uma anã vermelha, que gira em torno dele numa órbita oval, com largura máxima de 1,5 ano-luz (um ano-luz é a distância que um raio de luz percorre no período de um ano).

Estrelas binárias têm uma outra estrela ao seu redor e existem em grandes quantidades no Universo. Mas não com tamanha distância entre elas. "Eu acho que esse é um viés de observação", justifica Muller. "Estrelas muito distantes comumente não são reconhecidas como um par."

A inspiração para essa teoria seria as extinções em massa, alguns cientistas já notaram que as épocas dessas grandes catástrofes são estranhamente separadas por um intervalo regular de aproximadamente 26 milhões de anos. E, em pelo menos dois casos (na grande extinção que permitiu a ascensão dos dinossauros, no final do Período Permiano, há 235 milhões de anos, e na que acabou com os lagartões, no fim do Cretáceo, há 65 milhões de anos), essas ocorrências estiveram ligadas a grandes impactos rápidos contra a superfície da Terra.

Richard Muller acredita que cada um desses episódios cataclísmicos corresponde a uma reaproximação dessa anã vermelha do Sistema Solar, que ele chamou de Nêmesis.
"Eu tentei muito descobrir outras teorias que explicassem os dados, e eu examinei cuidadosamente as tentativas alheias", ele conta. "No momento, eu não conheço nenhuma solução, exceto Nêmesis."

A cada 26 milhões de anos, a anã passaria raspando pela nuvem de Oort, um verdadeiro depósito de cometas localizado na região externa do sistema, e atiraria uma porção desses astros na direção do Sol, causando uma chuva de megapedregulhos nos planetas.